Eu sei, tudo isto é normal, mas às vezes para nós pais,
devido ao nível de cansaço ficamos desesperados… pelo menos eu fico!
Foi precisamente num
momento de reflexão, retrospetiva e prenúncio do futuro que decidi escrever
este post com lembranças uteis, para nos ajudar a enfrentar este novo ano
escolar e não só!
Nós pais da atualidade, somos sem duvida, seres cheios de
horários, a maioria de nós tem dois empregos, um renumerado e outro não
renumerado (tarefas domésticas), o que faz com que não seja possível dedicar
aos nossos filhos todo o tempo que gostaríamos.
Temos um horário de trabalho a cumprir, depois ao chegar a
casa começamos a tratar das lides, comida, roupa, limpeza, o tempo em casa flui
rapidamente e nem sempre dispomos do tempo que gostaríamos de ter para eles.
Não podemos permitir que, devido á nossa falta de tempo, os
nossos filhos se tranquem no quarto, ou em frente á televisão,
computador/tablet, e jogos de vídeo.
Este “pouco tempo” é o único que dispomos, para manter com
eles, uma conversa sincera e carregada de afeto, tranquilidade e proximidade,
assim eles irão perceber que nós estamos sempre ali para eles, mesmo que o
nosso mundo seja uma correria desenfreada, eles são o mais importante, e têm
que confiar sempre em nós, e a confiança meus queridos pais, conquista-se não
se adquire!
Precisamos de estar sempre atentos, saber quais são as
suas preocupações, anseios, receios e desejos, necessitamos de saber, o que se
passa no mundo deles, e principalmente, fazer parte desse
mundo.
Quando eles têm algum problema, não podemos ser nós a resolver
por eles, temos sim de oferecer estratégias e dar conselhos para que o
façam por si mesmos. Para educar crianças felizes, temos que conseguir primeiro
que sejam responsáveis pelos seus próprios assuntos, dando-lhes meios com os
quais possam enfrentar esses pequenos problemas quotidianos. Com todo o nosso
carinho vamos demonstrar que nos preocupamos, mas oferecendo-lhes autonomia.
Eles vão errar em algumas ocasiões, e nós, não devemos nem repreender e muito
menos castigar, temos sim de os ajudar e ensinar que, na vida, também há
fracassos, falhas e que tudo deve ser aprendido.
É importante e necessário que eles saibam lidar o conceito
da “frustração”.
A educação começa a partir do momento do nascimento e,
claro, ambos os pais são responsáveis. Os dois devem estar de acordo sobre as
medidas educativas que irão aplicar, delimitar o que irão permitir, estabelecer
horários, e decidir o que irão proibir ou abolir.
As crianças devem saber, desde muito pequenas, que em casa,
como na sociedade, há alguns limites e regras que devem respeitar, e quanto
mais cedo souberem isto, mais seguros irão sentir-se. Uma vez estabelecidas as
regras, são oferecidos então os direitos, que devem ser conversados e
negociados.
É importante oferecer às crianças uma autonomia adequada de
acordo com a idade. É um modo de fazê-las sentirem-se capazes e seguras de si
mesmas, tendo sempre o nosso apoio e a nossa orientação em cada momento.
Nunca devemos tentar compensar o tempo que não podemos
passar com elas, é um erro que muitos pais cometem hoje em dia, eu própria às
vezes quase que caio nesse erro, por não poder passar o tempo de que gostaria
com a minha Mini Me, acabo por cair na tentação de compensar a falta de tempo e
atenção com um presente, big mistake.
Os nossos filhos quando crescerem, não se vão lembrar do
presente caro, ou barato que os pais lhe deram, irão sim, lembrar-se que os
pais estiveram presente nos seus momentos, a fazer as coisas de que eles
gostavam, brincar, cozinhar, falar, passear, construir, descobrir, partilhar
aventuras e fazer asneiras boas, isso sim irá ficar eternamente gravado na
memória de uma criança, não os bens materiais.
Temos de aprender a gerir melhor o nosso tempo, fazer com
que o tempo que passamos com os nossos filhos seja sempre o melhor, de qualidade
e sincero, que nessa hora sejamos só deles de corpo e alma!
Todas estas estratégias tornam os nossos filhos mais
felizes!
Todos nós sabemos este blá blá blá que acabei de escrever,
mas também sabemos que muitas vezes não o colocamos em prática.
Já que
setembro é o mês dos recomeços, que apliquemos verdadeiramente algumas destas
sugestões.
Beijocas,
Sandra
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